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RS terá Centro de Operações de Emergência do Mapa, veja entrevista

16/05/24

A diretora do Departamento de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Graciane Gonçalves Magalhães de Castro é a coordenadora do Centro de Operações de Emergência do Mapa para a catástrofe climática do Rio Grande do Sul. A portaria foi publicada nesta quarta-feira (15). Já os nomes dos titulares deverão ser publicados nos próximos dias. O grupo se reunirá de forma virtual todas as terças-feiras para acolher demandas, realizar articulação com outros órgãos e determinar ações. Confira a entrevista concedida à assessoria de comunicação do Fundesa-RS.

Qual o objetivo do Centro de Operações de Emergência da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa?

Graciane: O Centro de Operações é uma ferramenta comumente utilizada para a gestão de situações de crise ou de emergência. Então a gente optou por instalar um, no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária, para organizar e sistematizar todas as informações, as demandas, as necessidades apontadas, que já estão sendo direcionadas para a secretaria, especificamente como resposta a essa situação de crise e emergência no estado do Rio Grande do Sul. Assim vamos subsidiar o nosso secretário e ele, por sua vez, subsidiar o ministro na resposta específica do Ministério da Agricultura. O Centro não precisa ter uma unidade física, e para que a gente tenha a equipe nossa, do Ministério, da nossa Superintendência, no Rio Grande do Sul e eventuais outros atores que participam dessa resposta participando, ele vai funcionar de forma online com reunião com reuniões semanais. Inicialmente semanais e, se for necessário, a gente aumenta o período das reuniões ou espaça conforme a situação.

Você falou que será composto por alguns personagens aí de Brasília e também da superintendência. Da sociedade vai ter alguém participando também, como as entidades que representam os produtores?

Graciane: Não, por enquanto não, porque isso é um centro de operações estruturado para organizar a resposta do governo. Então aquilo que chegar à secretaria, mediante as associações, mediante setor produtivo, mediante outras instituições, por exemplo, a Defesa Civil, Forças Armadas ou outra instituição que esteja atuando, na resposta. A gente vai recepcionar, sistematizar, organizar e dar o encaminhamento para aquela demanda específica. É um centro criado eminentemente para estruturar as ações da Secretaria de Defesa Agropecuária. É a resposta do governo, do nosso órgão, com relação ao assunto.

Qual é hoje a principal preocupação do centro? Qual vai ser o primeiro ponto de atuação depois de publicar a portaria com os nomes e do começo das suas atividades aí com esse grupo?

Graciane: Na verdade, a gente não tem uma principal preocupação, que são várias frentes, porque a Secretaria é responsável por várias áreas. Então, tem os programas de saúde animal, de sanidade vegetal. Todas as ações relacionadas à importação e exportação, também as questões de insumos, de laboratórios, então são vários temas. Nós tivemos uma reunião inicial, não foi a reunião formal do COE, foi uma reunião de nivelamento apenas com as equipes. Ainda temos situações em que as pessoas estão voltadas para o acolhimento ainda das pessoas e das suas demandas, do redirecionamento de força de trabalho, então os temas devem começar a ser sistematizados mesmo, de uma forma mais estruturada a partir da próxima semana. Entre os representantes titulares estão um representante de cada departamento técnico da Secretaria, do gabinete da própria secretaria e da divisão de defesa agropecuária e Superintendência Federal de Agricultura no RS. Mas eu registro que podem ser convidados a participar das reuniões outras instituições. Então é bem possível que a gente tenha participantes, por exemplo, da Secretaria Estadual de Agricultura do estado do Rio Grande do Sul, porque boa parte das nossas ações são executadas em conjunto ou até de forma mais direta pela própria secretaria estadual.

Em relação à saúde animal, especificamente, que é o objeto de interesse do Fundesa? Já estão pensando algo sobre isso?

Graciane: Sim, sim, está pensando sim. Já existem algumas demandas, a gente já foi demandado até pela própria Secretaria Nacional de Defesa Civil, porque já existe um grupo estruturado até de recolhimento de animais e destinação de carcaças. já tem uma série de questões que já foram pontuadas. Porém, a gente ainda precisa organizar como e em qual momento a gente vai entrar com equipes para atuar especificamente nesses assuntos, até porque a maior parte do Estado ainda tá sem acesso. Tem lugar que a água não baixou. Então até para a gente atuar, que seja aí numa ação de dar apoio a recolhimento de animais, destinação de carcaças, distribuição de medicamentos, ou o que quer que seja, ainda está um pouco incipiente pra executar. Mas a gente já está começando, isso já foi apontado e agora a perspectiva é que, a partir das próximas semanas, a gente já comece a vislumbrar ações mais concretas nesse aspecto.

Como está sendo feito esse trabalho desde já?

Graciane: O COE visa até melhorar a comunicação, estruturar e direcionar as demandas. E a nossa superintendência de agricultura já está fazendo reuniões semanais com os representantes do setor produtivo alguns desses pontos já estão sendo colocados para o superintendente e para nossa Divisão de Defesa Agropecuária, então e os serviços técnicos específicos inclusive, como saúde animal. A superintendência vai trazer isso para a gente avaliar como nós vamos acolher e responder a partir das próximas semanas.

Então já tem esse diagnóstico sendo feito junto às pontas que estão aqui trabalhando em todo o estado?

Graciane: Sim, a ideia do COE é justamente essa: acolher as demandas o que está sendo colocado estruturar e organizar nossa resposta para que as medidas sejam assertivas, não sejam esparsas, que sejam estruturadas e assertivas. Um exemplo é a questão de como vão ficar os nossos programas sanitários em função da impossibilidade de se enviar amostras para o nosso Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul, assim como outros laboratórios credenciados. Então a gente já está em contato para redirecionar kits de diagnóstico, amostras para análise, tudo isso já está no radar. O COE vai somente recepcionar, estruturar e organizar quem vai responder, quem vai fazer, como e quando.


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