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Feiras de ovinocultura reforçam medidas sanitárias na exposição de animais
11/02/25
A sanidade animal tem sido um dos principais focos das feiras de ovinocultura no Rio Grande do Sul. Na 17ª edição da Agrovino, realizada na na Associação Rural de Bagé, protocolos sanitários rigorosos foram aplicados para garantir a qualidade genética e a segurança dos animais expostos. O evento reuniu criadores, veterinários e especialistas do setor, na segunda quinzena de janeiro, destacando a importância do controle sanitário na produção de carne e lã, além do impacto dessas medidas na competitividade do mercado.
A feira tem registrado avanços no aprimoramento da genética dos animais. De acordo com o inspetor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), Francisco Bidoni, todos os ovinos inscritos passam por um processo de admissão criterioso antes de entrarem nos galpões do evento. Esse procedimento tem como objetivo assegurar que os exemplares atendam a padrões sanitários e genéticos exigidos pelo setor.
"Eles chegam, entram nos galpões, aí são chamados. Esses animais foram inscritos na Arco, são chamados por raça, idade e numeração, e um por um é revisado pela turma da admissão", explicou Bidoni. Segundo ele, a avaliação inclui diversos aspectos físicos dos ovinos. "Você revisa a boca, testículos, aprumos e aspectos de pureza racial", detalhou. Além disso, são exigidos exames andrológicos e testes para brucelose nos machos.
A adoção desses critérios tem impacto direto na qualidade dos rebanhos, permitindo que os criadores façam seleções mais eficientes para a reprodução e comercialização dos animais. Bidoni destaca a importância do controle veterinário para a valorização do setor.
O presidente da Associação Bagéense de Criadores de Ovinos (ABACO), Gustavo Veloso, enfatizou o papel da medicina veterinária na prevenção de doenças e na melhoria da genética animal. "Hoje a gente procura trabalhar com prevenção, então isso também nos diminui os problemas futuros", afirmou.
Veloso também ressaltou os fatores essenciais para que os ovinos cheguem às feiras em boas condições, "trabalhando com genética, com animais que estão sendo submetidos a uma nutrição muito adequada para poderem chegar nessas exposições e produtos também com desempenho muito grande de ganho de peso", disse. Ele reforçou que a ovinocultura depende de quatro pilares fundamentais. "O produtor se preocupa muito com a nutrição, a sanidade, a genética e o manejo, para poder chegar numa exposição como a de Bagé", explicou.
Além da comercialização de animais, a feira também conta com palestras técnicas voltadas à sanidade e manejo dos rebanhos. Nos últimos anos, o aumento das exigências sanitárias e os avanços na nutrição animal têm contribuído para elevar a produtividade da ovinocultura gaúcha. Criadores que adotam protocolos sanitários mais rígidos e investem em genética de qualidade têm obtido melhores resultados no mercado, conquistando novos compradores e ampliando a rentabilidade da atividade.
Fonte: Samuel da Rosa/Jornal do Comércio
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