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A retirada da vacinação da febre aftosa no Estado e seu impacto para a cadeia do Agro
26/06/20
*Assista a íntegra do Webinar aqui.
A IMED promoveu na noite desta quinta (25) o webinar “Impactos no Agronegócio com a retirada da vacinação para febre aftosa no RS”, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, DAMV, ABPA e Hub IMED - Agrotech.
Trazendo para o debate painelistas de renome no segmento, como Francisco Sérgio Turra (Ex-Ministro da Agricultura, Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA), Ricardo Nissen (Assessor Técnico de Pecuária de Corte na CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e Fernando Groff (Coordenador do Programa de Saúde Animal / Febre Aftosa (PNEFA/RS) e Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da SEAPDR), o evento fez um apanhado sobre os impactos que a medida trouxe para a cadeia do Agro no Estado.
Nortearam as falas dos painelistas assuntos relacionados ao novo status sanitário da doença, barreiras sanitárias, sanidade animal, novos mercados de carne e sua exportação, bem como questões relacionadas à biosseguridade.
A mediação ficou por conta dos professores Ana Paula Burin Fruet (Fiscal estadual agropecuária, Chefe da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Passo Fundo, Professora da IMED), Deniz Anziliero (Coordenador do Curso de Medicina Veterinária da IMED), e Dieisson Pivoto (Coordenador do Curso de Administração em Agronegócio da IMED).
Início da exportação de carne pelo Brasil
No ano de 1998, como Ministro da Agricultura na época, Turra acompanhou o início da exportação de produtos de origem animal in natura, já que anteriormente à entrada do País na Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o Brasil vendia a outras nações apenas proteína cozida e enlatada. Para o Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, reforçar a vigilância e abater animais infectados não contêm o problema quando há foco da doença. “Quando ficamos livre da febre aftosa sem vacinação, representantes de mais de 60 países nos procuraram para fazer acordos de implantação de medidas sanitárias. Foi uma festa, nós abrimos esse mercado e tivemos um passaporte para o mundo. Porém, a aftosa é vista mais do que uma doença pela OIE, ela é um símbolo do relaxamento de um país, pois erradicar a aftosa é o mínimo para um país manter sua saúde sanitária, mediante a Organização. Ter aftosa cria uma imagem negativa”, comenta.
Além disso, Nissen ressalta que o retorno econômico e os reflexos positivos no mercado se darão de forma natural, uma vez que a carne mais pura é mais valorizada, e há a possibilidade de expandir as exportações a partir dos cuidados sanitários adotados. “A partir do reconhecimento sanitário e da segurança alimentar, há a garantia do trabalho desenvolvido pelo produtor. Assim, havendo o reconhecimento externo do sistema veterinário ser robusto o suficiente, consequentemente haverá uma agregação de valor ao produto”, explica.
Confira o e-book Impactos no Agronegócio com a Retirada da Vacinação para Febre Aftosa no RS
Fonte: IMED
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